Bienal de Veneza: pela 1ª vez, evento tem brasileiro como curador e destaque para arte indígena

  • 20/04/2024
Adriano Pedrosa, diretor do Museu de Arte de São Paulo, escolheu imigrantes, expatriados, homossexuais e indígenas, estrangeiros na própria terra, diz ele. Bienal de Veneza destaca a arte indígena Começou neste sábado (20), em Veneza, a maior exposição de arte do mundo. E, pela primeira vez, com um brasileiro como curador e destaque para a arte indígena. A mais importante mostra de arte do planeta fica à beira da grande lagoa de Veneza, nos jardins públicos, criados por Napoleão Bonaparte no início dos anos de 1800. Na primeira Bienal, em 1895, vieram 200 mil pessoas: 129 anos depois, espera-se de 800 mil a um milhão para uma exposição que está valorizando uma arte mais distante do poder. Para comemorar os 60 anos da Bienal de Veneza, o tema "estrangeiro" em todo lugar, combina muito com a cidade, que no passado foi o maior centro de comércio internacional do Mediterrâneo, cruzando pessoas do mundo inteiro. Veneza é a única cidade europeia que já teve um nome árabe. Foi em torno dos anos mil, e al-Bunduquia significava diferente e mestiça: 90 nações estão presentes. E mais de 330 artistas, o dobro do habitual. Muitos deles foram escolhidos também porque nunca tinham vivido a experiência de uma mostra internacional. O pavilhão dos Estados Unidos é pela primeira vez representado por um artista de origem Cherokee, e a França trouxe finalmente um artista negro para representá-la. Julian Creuzet vem da colônia Martinica, e conta histórias que atravessam os territórios geográficos. O curador geral da mostra, pela primeira vez um latino-americano, melhor ainda, brasileiro, trouxe artistas que representam essa diversidade. Adriano Pedrosa, diretor do Museu de Arte de São Paulo, escolheu imigrantes, expatriados, homossexuais e indígenas, estrangeiros na própria terra, diz ele. A artista Glicéria Tupinambá apresenta o projeto Ka'a Pûera: palavra tupi que indica uma floresta que se renova. "É muito significativo porque estamos trazendo não só a presença dos povos originários, mas as especificidades de cada povo", disse Gliceria Tupinambá. As instalações denunciam a hostilidade contra os povos indígenas e a destruição do ambiente. Ziel Karapotó diz que a tensão e a violência continuam nos dias de hoje. A obra mais monumental está na fachada do Pavilhão Central, o mais importante da Bienal. O coletivo Mahku, da aldeia Huni Kuin, do Acre, passou dois meses em Veneza pintando esta imensa parede com todos os símbolos da sua terra e da sua cultura. Um trabalho que está encantando o público e a crítica na Bienal de Veneza. O indígena Iba canta para preparar as almas e curar as águas. O grande mural, Mirações, mostra mitos da floresta e a relação dos humanos com a natureza e os seus espíritos. Aos 81 anos, a brasileira que nasceu e se criou na Itália, Ana Maria Maiolino, recebeu o Prêmio Leão de Ouro pela carreira. Lá, ela expõe as suas esculturas em argila crua. "É uma Bienal singular, diferente. Um ato político, ao meu ver, pelo menos eu me sinto assim. Trouxe tantas pessoas que nunca estiveram presentes na hegemonia da arte europeia e norte-americana", conta Maiolino. LEIA TAMBÉM: Sul global é a grande estrela da Bienal de Veneza; veja FOTOS das exposições Obras indígenas ganham destaque na Bienal de Veneza em 2024 Artistas Yanomami exibem obras na 60ª Bienal de Arte de Veneza

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2024/04/20/bienal-de-veneza-pela-1a-vez-evento-tem-brasileiro-como-curador-e-destaque-para-arte-indigena.ghtml


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