Deputados que votaram pela prisão de Bacellar denunciam retaliação no plenário da Alerj

  • 10/12/2025
(Foto: Reprodução)
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) vive um clima de tensão desde a votação que decidiu manter a prisão do presidente afastado da Casa, Rodrigo Bacellar (União). Deputados que apoiaram a continuidade da custódia afirmaram nesta quarta-feira (10) estar sofrendo uma onda de retaliações articuladas por aliados do parlamentar. Segundo a deputada Dani Monteiro (PSOL), há um movimento coordenado de perseguição política dentro do plenário. Ela afirma que uma “tropa de choque” ligada à base governista tem atuado para obstruir votações e coagir parlamentares que contrariaram os interesses de Bacellar. “É interferência direta no funcionamento regular da Casa”, disse Dani Monteiro. Na terça (10), um projeto da deputada Marina do MST (PT) que homenageava um evento cultural recebeu emendas e saiu de pauta – algo pouco comum comum para este tipo de projeto. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Outro projeto de lei sobre uma homenagem, de autoria do deputado Jari Oliveira (PSB), foi objeto de um requerimento de verificação de quórum, e a sessão caiu. Nesta quarta, projetos de homenagens apresentados pelas deputadas Zeidan (PT) e Dani Monteiro (PSOL) receberam emendas e saíram de pauta. O projeto de Dani Monteiro concedia o Prêmio Abdias do Nascimento ao Bar Borogun, espaço reconhecido por sua atuação na cultura afro-brasileira. A emenda, o deputado Alexandre Knoploch (PL), substituía o homenageado por uma padaria. A mudança sem justificativa técnica impediu a votação. Outro PL, do deputado Yuri (PSOL), que tratava de medidas para conscientização de pais durante o pré-natal, também não foi votado após manobra que esvaziou o plenário e derrubou a sessão. "Essas ações configuram uma postura antirrepublicana e têm impacto direto sobre a atividade legislativa e sobre o erário, que arca com o custo de sessões esvaziadas por disputas de vingança. A normalidade institucional precisa ser restabelecida. A Alerj não pode ser convertida em instrumento de intimidação contra mandatos legítimos nem em trincheira para blindar investigados", disse Dani Monteiro, em nota. À TV Globo, o deputado Rodrigo Amorim (PL), um dos nomes mais próximos de Bacellar, não negou a retaliação à esquerda, mas afirmou que não se trata de uma orientação do presidente afastado nem do governo estadual. Rodrigo Amorim durante sessão da Alerj Reprodução/TV Câmara "Não há nenhuma recomendação do governo para obstrução a qualquer matéria. Mas, falo como deputado atuante no viés ideológico. É legítimo numa casa que tem maioria conservadora fazer obstruções ou contestar a esquerda nas pautas que envolvem esse viés ideológico. É legítimo a qualquer mandato utilizar o regimento para confrontar outro grupo político. Agora, não há qualquer orientação para obstrução na casa", disse Amorim. Corrida para analisar pautas sobre finanças do RJ Ao final da sessão, o presidente em exercício Guilherme Delaroli (PL) afirmou que irá reunir os líderes partidários da Alerj para tentar pacificar a Casa e garantir o andamento da pauta. A Alerj, que costuma entrar em recesso na última semana antes do Natal, precisa votar temas fundamentais para o Estado como a autorização para adesão ao Propag, o programa de refinanciamento de dívidas estaduais, as prestações de contas do Governo do Estado dos últimos três anos e o próprio orçamento do Rio para 2026.

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/12/10/deputados-que-votaram-pela-prisao-de-bacellar-retaliacao-no-plenario-da-alerj.ghtml


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