Dono de canil clandestino com mais de 70 cachorros de raça foi preso por maus-tratos há 1 ano em MT
17/09/2025
(Foto: Reprodução) Hamsters e mais de 70 cachorros de raça são apreendidos em canil clandestino em Cuiabá
O dono do canil clandestino, onde hamsters e mais de 70 cachorros de raça foram resgatados, havia sido preso por maus-tratos a animais em 2024, segundo a Polícia Civil. O local foi interditado durante uma operação realizada nessa terça-feira (16), no bairro Porto, em Cuiabá.
Durante a ação foram encontrados cachorros das raças Shih-Tzu, Spitz Alemão e Pinscher, além de um criadouro irregular de hamsters, com alguns doentes e apresentando debilidade física. Segundo a Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema), os animais viviam em condições insalubres e com graves indícios de maus-tratos (assista acima).
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As equipes foram recebidas pela mãe do proprietário, que afirmou ser tutora de 10 cachorros e que os outros pertenciam ao filho, de 38 anos. Segundo a médica veterinária da Diretoria de Bem-Estar Animal (BEA), Morgana Thereza Ens, que acompanhou a inspeção, no canil havia animais mortos, alguns se alimentando de outros cadáveres, fezes espalhadas, acumulo de lixo e comida velha (veja fotos no fim da reportagem).
Conforme a polícia, além de mãe e filho, outros dois filhos, sendo um homem e uma mulher, de 24 anos, e o genro, de 29 anos, foram presos e levados para a Dema, onde foram ouvidos e autuados em flagrante por maus-tratos a animais silvestres, domésticos ou domesticados e por construir e funcionar estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença.
No local também foram apreendidas galinhas e outras espécies de roedores em situação de maus-tratos.
Entenda o caso
Animais são resgatados de canil clandestino em Cuiabá
Prefeitura de Cuiabá
A investigação teve inicío após denúncias recebidas pelos canais oficiais da BEA e da Secretaria de Ordem Pública (SORP). Os animais estavam confinados em espaços pequenos, sem ventilação adequada e sem manejo sanitário.
Conforme a secretária municipal de Ordem Pública, delegada Juliana Palhares, responsável pela operação, o local não possuía alvará sanitário, nem registro no Conselho Regional de Medicina Veterinária e funcionava em desacordo com as normas de saúde e bem-estar animal. A descrição da atividade no alvará também não condizia com a realidade, estando registrada como “Comércio Varejista Hortifrutigranjeiro”, e o endereço informado no documento era diferente.
A Vigilância Sanitária também apreendeu medicamentos e vacinas vencidas, além de produtos sem nota fiscal.
A BEA iniciou imediatamente a triagem e os atendimentos emergenciais em uma clínica veterinária. Parte dos animais foi encaminhado ao canil municipal até que haja condições para adoção responsável. O espaço permanecerá interditado até nova deliberação das autoridades.
Animais são resgtados de canil