Exportações são o grande desafio das micro e pequenas empresas goianas, diz Sebrae

  • 16/12/2025
(Foto: Reprodução)
O programa Café com CBN recebe convidados especiais para discutir o panorama dos pequenos negócios Reprodução/ YouTube da CBN Goiânia Um dos grandes desafios que as micro e pequenas empresas goianas têm pela frente é conseguir alcançar o mercado internacional, por meio das exportações. Essa foi uma das avaliações feitas pelo presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae Goiás, José Mário Schreiner, durante o Café com CBN, realizado na manhã desta terça-feira (16) na sede da entidade, em Goiânia. No debate sobre empreendedorismo, Inovação e ESG, mediado pelo apresentador Luiz Geraldo, Schreiner trouxe alguns números que explicam esse desafio. Aproximadamente 43% das empresas goianas trabalham com exportação. Dessas, apenas cerca de 0,2% são micro e pequenas empresas. ✅ Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp O executivo destacou que a remuneração de quem ganha o mercado externo é melhor, mas dar esse passo exige que o micro e pequeno empresário atenda a uma série de critérios. Veja os vídeos que estão em alta no g1 "Existem desafios: o padrão, a qualidade, a regularidade da oferta desses produtos. Por exemplo: vou exportar massa de pequi. O mercado quer isso o ano todo. Então, você tem que ter escala mínima dessa produção", afirmou. Segundo Schreiner, uma forma que o Sebrae tem de apoiar esse alcance internacional das pequenas empresas goianas é por meio da realização das chamadas "missões", em que, por exemplo, trazem empresas para conhecer os produtos. "A gente vai focar muito nesse processo da internacionalização e, com isso, claro, melhorar a receita, melhorar a renda das micro e pequenas empresas aqui de Goiás", afirmou. LEIA TAMBÉM Fieg celebra 75 anos e relembra trajetória: ‘História de superação’ Novas tecnologias e formação de jovens para aprimorar o trabalho no campo são apostas do Senar, em Goiás Goiás tem 11 cidades entre as 100 mais ricas do agronegócio no Brasil; veja lista José Mário Schreiner, presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae Goiás: mercado externo é um desafio para as pequenas empresas Reprodução/ YouTube da CBN Goiânia Empreendedorismo feminino Outro tema abordado pelo programa foi o empreendedorismo feminino e a importância de se ter uma curadoria, como a oferecida pelo Sebrae. Ana Maíra, proprietária da oficina mecânica Saimon Car, da capital, compartilhou a sua experiência depois de receber o apoio da entidade. Formada em Educação Física, há três anos a empresária decidiu se unir ao esposo na direção da oficina mecânica da família. Foi quando ela se deparou com situações desafiadoras, a primeira delas a presença majoritária de homens. "Oficina mecânica é um ramo totalmente masculino. A gente sofre o primeiro impacto, o primeiro preconceito, mas a gente aprende a se portar diante disso", afirmou. Ana Maíra disse, ainda, que precisou se especializar em temas relacionados à gestão do negócio. "Eu não sabia nada. Tive que aprender tudo, do zero. Em uma feira de automóveis, eu conheci o Sebrae. Foi o início de tudo, de muito aprendizado. Eu não sabia nada de financeiro, nada de administrativo. Eu tive que aprender gradativamente", afirmou. Ana Maíra é proprietária de uma oficina mecânica e contou sua experiência com a consultoria do Sebrae Goiás Reprodução/ YouTube da CBN Goiânia Essa capacitação se torna indispensável não só para a superação de questões internas do negócio, mas no enfrentamento do ambiente adverso que o empreendedor enfrenta não só em Goiás, mas em todo o país, segundo o presidente do Sebrae Goiás. Schreiner enfatizou, durante todo primeiro bloco do programa, que empreender no Brasil não é tarefa fácil. "Não é para amadores. Muitas vezes, uma pessoa que tem um sonho de empreender não encontra a mão do Estado presente para te apoiar. A missão do Sebrae é essa, de estender a mão a esses empreendedores, de poder dar esse apoio", afirmou. IA: ferramentas de apoio Outro tema abordado no debate foi o uso de inteligência artificial pelos micro e pequenos empresários. Segundo o diretor-superintendente do Sebrae Goiás, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, hoje 38% do público atendido pela entidade utiliza alguma ferramenta de inteligência artificial. A meta é fazer essa ultrapassar os 50% no próximo ano. "Nós colocamos esse desafio para 2026, para o empreendedor usar as principais ferramentas de tecnologia que existem , crescerem e terem incremento no seu faturamento, aumentarem a sua produtividade. E, acima de tudo, terem sustentabilidade dentro do seu negócio", disse. Antônio Carlos de Souza Lima Neto, diretor-superintendente do Sebrae Goiás: hoje 38% do público utiliza alguma ferramenta de IA Reprodução/ YouTube da CBN Goiânia Nessa mesma linha, Marco César Chaul, coordenador e presidente do Sindinformática e vice-presidente da Fecomércio, lembrou que é muito comum diversas atividades ficarem centralizadas no dono do pequeno negócio, que, por sua vez, não consegue dar conta de tudo. Nesse cenário, os aplicativos de inteligência artificial são importantes ferramentas de apoio. "A gente tem que desmistificar e realmente chamar o empresariado para essa nova era de tecnologia que está chegando. Isso vai desocupar o tempo dele para as ações úteis, de gestão estratégica. Ele sai do braçal e passa para o planejamento", destacou. Por estar em alta, o assunto foi tratado em mais de um bloco do Café com CBN. Karol Fernandes, gerente de Inovação do Hub Goiás, ressaltou que existe um entendimento equivocado de alguns empresários de que a inteligência artificial resolverá situações da empresa "por mágica". "Não é bem assim. Se você deseja inserir para fazer o entendimento dos dados estratégicos, como você está coletando esses dados? Nós temos cenários, hoje, de que alguns negócios (ainda) estão ali no caderninho, anotando. Entrada, saída de caixa, de saldo, de estoque", afirmou. Carência em governança Os pilares ESG, sigla que se refere a ações voltadas ao meio ambiente, ao aspecto social e de governança de uma empresa, também foram abordados durante o programa. Flávio Rassi, vice-presidente da Fieg e presidente do Conselho do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Cmas), chamou a atenção para o avanço que já existe em relação às questões ambientais e sociais em contrapartida à carência ainda verificada sobre a governança. "É nisso que a gente tem apoiado muito. As empresas brasileiras não são muito boas nessa governança, que é garantir que todos naquele cargo façam a mesma coisa sempre, independentemente de quem esteja lá", explicou. De forma prática, Rassi disse que uma das formas para se colocar a governança em ação em uma pequena empresa é "colocar no papel" as regras a serem aplicadas no dia a dia. "Então, é um planinho de cargos e salários, uma regra de conduta para cada função dentro da empresa... É escrevendo mesmo e fazendo com que todas as pessoas que trabalham lá estejam na mesma página", disse. 📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás.

FONTE: https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2025/12/16/exportacoes-sao-o-grande-desafio-das-micro-e-pequenas-empresas-goianas-diz-sebrae.ghtml


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