Motorista que atropelou multidão na festa do título do Liverpool é condenado a 21 anos e 6 meses de prisão
16/12/2025
(Foto: Reprodução) Carro atropela várias pessoas que comemoravam a vitória do Liverpool na Premier League
O britânico de 54 anos que atropelou várias pessoas durante o desfile para comemorar a vitória do Liverpool FC na Premier League foi condenado pela Justiça do Reino Unido a 21 anos e 6 meses de prisão nesta terça-feira (16).
Paul Doyle, que foi preso logo após o incidente, foi acusado de vários crimes, entre eles direção perigosa e lesão corporal grave intencional.
O atropelamento em Liverpool deixou 134 feridos, entre eles oito crianças. Um vídeo que mostra o momento do atropelamento, feito por uma testemunha ocular, da janela de um dos prédios, viralizou no X na época (veja acima).
No mês passado, durante seu julgamento, ele se declarou culpado de nove crimes de lesão corporal grave com intenção e 17 crimes de tentativa de lesão corporal grave.
Em audiência nesta segunda-feira (15), a Promotoria afirmou que Doyle avançou com o carro contra a multidão simplesmente "porque perdeu a cabeça".
"Ele é um homem furioso, completamente dominado pela raiva. Ele não apenas causou ferimentos em grande escala, como também gerou horror naqueles que compareceram ao que pensavam ser um dia de alegria", acusou o promotor.
O advogado de defesa do réu, Simon Csoka, disse ao tribunal que o britânico "está horrorizado com o que fez", "arrependido, envergonhado e profundamente consternado por todos aqueles que foram feridos ou sofreram".
O juiz Andrew Menary, que julgou o caso, afirmou antes de dar a sentença:
"É quase impossível compreender como qualquer pessoa sensata poderia agir como você agiu. Conduzir um veículo contra uma multidão de pedestres com tamanha persistência e desrespeito pela vida humana desafia a compreensão comum".
Jack Trotter sendo levado para o hospital por equipe de resgate
Reuters/Lee Smith
Perícia trabalhando no local do acidente
REUTERS/Phil Noble
Carro atropelou várias pessoas em meio a multidão em Liverpool
REUTERS